A sensação de insatisfação e repúdio é inevitável ao observar o estado de abandono que nossa cidade enfrenta. Uma escuridão toma conta das ruas, refletindo não apenas a falta de iluminação, mas a ausência de compromisso de uma gestão que prometeu esperança e, até agora, entregou apenas decepções.
Estamos em dezembro, época em que a cidade deveria brilhar com as luzes do Natal, trazendo alegria e um sentimento de pertencimento à população. Em vez disso, o que vemos é um cenário desolador, onde promessas foram apagadas tão rapidamente quanto as luzes que deveriam iluminar nossas vias, basta conferir a entrada da cidade e o Balão de entrada do Morro da Cruz uma escuridão de dar medo nas pessoas que transitam a pé nós locais como também a rua da ponte de acesso aos bairros Vila nova e São José.
O mais preocupante é o destino de quase nove milhões de reais em salários anual de uma Administração Regional que, na prática, não funciona. Como justificar tamanho investimento em um órgão que deveria ser o braço operacional da gestão pública, mas que falha em oferecer sequer o básico? Em dois anos de mandato, o que se viu foram vídeos de operações tapa-buracos e um mar de desculpas que já não convencem.
Para aqueles que recebem seus salários e não convivem com a realidade, minhas palavras certamente serão repudiadas e classificadas como politicagem. Mas essa não é uma questão de ideologia política; é a realidade dura e concreta que a cidade vive. Nós, cidadãos, não estamos aqui buscando cargos ou benefícios. Sempre nos colocamos à disposição para contribuir, não recebendo salários, mas sim sugerindo e apontando prioridades que beneficiem a coletividade.
Lembro com saudades dos tempos do orçamento participativo, quando a comunidade se reunia para discutir e decidir o que era prioridade e onde o governo deveria investir o dinheiro público. Esse modelo de gestão dava voz ao povo e promovia um senso de responsabilidade compartilhada. Hoje, no entanto, não se vê mais essa prática. Pelo contrário, qualquer crítica legítima é imediatamente tratada como um ataque pessoal, e o crítico, rotulado como inimigo.
Desejamos todo sucesso ao mandato do deputado eleito, mas é nosso dever alertar que a cidade precisa de um choque de gestão e equilíbrio. Dois anos já se passaram, e pouco foi feito. Torcemos para que, no próximo ano, as coisas finalmente funcionem, porque se tudo for deixado para a última hora, a comunidade certamente enxergará as obras como manobras eleitoreiras. E isso, inevitavelmente, prejudicará a imagem e a reeleição de quem está no comando.
Portanto, a gestão precisa entender que o diálogo com a população não é um favor, mas uma obrigação. Ignorar as demandas e os anseios da comunidade é condenar qualquer mandato ao fracasso. É hora de abandonar o orgulho, escutar o povo e devolver à cidade o respeito que ela merece. Afinal, o verdadeiro sentido de governar é servir, e não se esconder atrás de promessas vazias ou justificativas para a inércia.
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A cidade pede mudança, e a mudança começa com coragem para enfrentar a realidade, admitir erros e trabalhar em conjunto. Que este alerta seja uma oportunidade para reflexão e ação antes que seja tarde demais.