As obras do Viaduto do Jardim Botânico estão em ritmo acelerado e, quando entregue, a estrutura irá beneficiar cerca de 50 mil motoristas diariamente. Atualmente, cinco desvios estão em construção. Serão aproximadamente 1.200 metros de novas pistas ao longo do trecho, o que possibilitará o início de uma nova etapa da construção.
“Assim que os desvios estiverem em funcionamento, vamos iniciar o estaqueamento. Faremos grandes estacas de concreto armado, uma colada à outra, com a ajuda de uma perfuratriz. Essas estruturas serão responsáveis pela contenção da terra nas laterais da escavação”Paulo Robert Santos, engenheiro do DER-DF
“Já fizemos toda a parte de terraplanagem e estamos finalizando os desvios nesta semana, etapa fundamental para que a escavação das trincheiras do viaduto possa ser iniciada. Assim como a parte de drenagem e as adaptações nas redes de energia e esgoto”, afirma o engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), Paulo Robert Santos.
De acordo com o engenheiro, os desvios são necessários para isolar a parte central da rotatória e iniciar a próxima etapa. O viaduto será subterrâneo, construído a aproximadamente cinco metros da superfície. “Assim que os desvios estiverem em funcionamento, vamos iniciar o estaqueamento. Faremos grandes estacas de concreto armado, uma colada à outra, com a ajuda de uma perfuratriz. Essas estruturas serão responsáveis pela contenção da terra nas laterais da escavação”, explica Paulo.
Sob responsabilidade do DER-DF, o viaduto na altura do balão da antiga Esaf, no km 27,2 da Rodovia DF-001, tem um investimento total de R$ 33,5 milhões, com geração de 400 empregos diretos e indiretos. Serão beneficiados com a estrutura os moradores da região e de localidades como São Sebastião, Tororó, Paranoá, Jardins Mangueiral e Jardim ABC.
Morador há mais de 30 anos do Jardim Botânico, Rafael Machado, 66 anos, destaca que a região cresceu muito nos últimos anos, o que impactou diretamente o trânsito nas redondezas e acredita que, quando finalizada, a obra vai melhorar a vida da comunidade. “Tivemos uma afluência muito grande nessa região, com a abertura de novos condomínios e lojas comerciais, e isso feriu a nossa mobilidade. A expectativa é positiva, que se resolva de maneira rápida para usufruirmos dela [a obra] o quanto antes.”
Como funcionarão os desvios
Segundo o DER-DF, na prática, os desvios vão funcionar da seguinte forma: “quem vem de São Sebastião em direção à Ponte JK não vai mais passar pela rotatória. Por conta das escavações, o motorista irá usar uma alça construída à direita da pista. Quem quer acessar o Lago Sul vai usar o mesmo desvio, mas deverá fazer o retorno à esquerda, mais adiante. Do outro lado da via, fizemos um alargamento na pista [sentido Jardim Botânico], já que uma das faixas de rolamento ficará comprometida pelas escavações”, detalha o engenheiro.
Para os condutores que saem do Lago Sul, sentidos Solar de Brasília I e Altiplano Leste, o balão estará bloqueado e o motorista deverá subir a via no sentido São Sebastião, acessar o retorno localizado a cerca de 500 metros, para, então, seguir o seu destino.
Os motoristas que saem do Solar de Brasília I com destino ao Altiplano Leste e Ponte JK seguirão normalmente, sem alterações.
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A funcionária pública e também moradora do Jardim Botânico Maria Vitória Paiva, 63, acredita que, apesar dos impactos momentâneos, o complexo viário será benéfico. “É perfeita a construção de um viaduto neste momento. O Jardim Botânico tem crescido muito, é preciso viabilizar o trânsito dos novos moradores na região. Qualquer lugar do mundo hoje sofre com trânsito, em especial nos horários de pico. Aqui não é diferente. As pessoas têm a mania de só reclamar. Mas esquecem que a obra está sendo feita. É preciso ter um pouco mais de paciência, porque a melhoria vai chegar.”
Atualmente, o departamento realiza o monitoramento do trânsito na região nos horários de pico e poderão ocorrer alterações de acordo com a dinâmica da obra. “Acredito que, na próxima semana, as pessoas já comecem a acessar os novos desvios. Aqui é uma região já acompanhada pelo DER-DF, em especial nos horários de pico e, se necessário, adaptações serão feitas para dar mais fluidez ao trânsito”, ressalta o engenheiro Paulo Robert Santos.
A construção passará também pelas seguintes etapas: pavimentação, sinalização horizontal e vertical, ciclovia, passarela, muro de “terra armada”, viaduto, obras complementares, urbanização e paisagismo.