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Cuidados contra a dengue devem ser redobrados no período chuvoso

Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental do Distrito Federal manteve ações de combate à dengue para proteger a população, o que levou à redução no número de casos prováveis da doença. Com o período chuvoso, os cuidados precisam ser redobrados. Um único ovo do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela, consegue sobreviver até 400 dias sem contato com a água, só aguardando o primeiro momento de chuva para eclodir.

A Vigilância Ambiental do DF já inspecionou, neste ano, 2.056.344 imóveis em todo o DF | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Entre as ações permanentes adotadas pela saúde pública do DF estão o fumacê, o manejo ambiental, o controle químico, as inspeções dos agentes de vigilância a residências e o investimento em novas tecnologias, como as armadilhas ovitrampas.

“Aumentamos o número de armadilhas ovitrampas instaladas, o que nos leva a obter dados que tornam mais eficiente o trabalho do pessoal do campo. A própria armadilha faz o sequestro de ovos que se tornariam mosquitos”, explica o diretor de Vigilância Ambiental, Jadir Costa Filho. Esse tipo de armadilha simula um ambiente com condições ideais para procriação do mosquito e depois captura os ovos, impedindo a proliferação do inseto.

Com os esforços contra a dengue, as equipes já inspecionaram, neste ano, 2.056.344 imóveis. Além disso, o DF foi uma das poucas unidades da Federação que não sofreu desabastecimento de insumos. Isso porque o governo do Distrito Federal (GDF) se antecipou e fez a aquisição no ano passado. “Por conta disso, já estamos com a compra de mais inseticidas em andamento para o ano que vem”, destaca o diretor.

Com os esforços no combate à dengue, o DF registra queda no número de casos prováveis. População deve redobrar cuidados no período chuvoso | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Números no DF

De acordo com o Boletim Epidemiológico 39 de 2023, até a semana epidemiológica 44, foram registrados 27.719 casos prováveis de dengue em residentes do DF, uma redução de mais de 58,1% em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 66.182 casos prováveis da doença. No mesmo período, o registro soma dez casos graves e um óbito causado pela dengue.

Entre as sete Regiões de Saúde, a Sudoeste foi a que apresentou o maior número de casos prováveis (6.778), seguida pelas Regiões Oeste (5.331), Norte (4.115), Leste (3.281), Centro-Sul (2.170), Central (1.449) e Sul (1.051). Com relação à situação epidemiológica nas regiões administrativas, Ceilândia tem o maior número provável de casos (3.348), seguida de Samambaia (2.655), Brazlândia (1.979), Planaltina (1.928) e São Sebastião (1.847).

As armadilhas contra a dengue estão entre as estratégias utilizadas durante todo o ano para combater o mosquito da dengue no DF. As ovitrampas imitam o cenário ideal para proliferação e capturam os ovos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Cuidados da população

Apesar dos dados positivos, é preciso manter os esforços para que os índices sejam cada vez menores. Para isso, a participação da população é essencial, pois ela precisa ajudar com as avaliações internas e externas das residências. O mosquito adulto se esconde em locais sombreados. A orientação é deixar o ambiente sempre arejado, sacudir cortinas e procurar por acúmulo de água em locais menos evidentes, por exemplo, o degelo atrás da geladeira e os recipientes de bebedouros.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, explica que as ações de controle antivetorial para o combate à dengue se baseiam nas visitas domiciliares, nas distribuições de armadilhas, no controle efetivo da população de mosquitos e no processo de educação em saúde. “Para completar e coroar as ações do governo é preciso a participação de toda a sociedade. Cada um deve fazer a sua parte. Inspecione seu quintal, dê uma olhada na caixa d’água, não deixe nenhum depósito que tenha ou possa conter água. Assim, a população contribui e vira um agente do próprio domicílio.”

Valero reforça que o objetivo da Secretaria de Saúde do DF é interromper o ciclo biológico e conter a evolução do mosquito, além de trabalhar em parceria com a população para que ela ajude no combate ao Aedes aegypti. Para comunicar a Vigilância Ambiental sobre focos no entorno de suas casas, basta ligar no telefone 160.

O fumacê é uma das ações adotadas no DF contra o mosquito da dengue | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Dengue

A dengue é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, para a maior disseminação da doença. Logo, a prevenção é a melhor forma de combatê-la. É importante evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano no ambiente.

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Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém, idosos e portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações fatais. Em caso de sintomas, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde. Acesse o InfoSaúde e localize sua UBS de referência.

Os principais sintomas da dengue são:

Febre alta – acima de 38°C
Dor no corpo e nas articulações
Dor atrás dos olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas pelo corpo

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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