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Produtores rurais de São Sebastião visitam unidade de referência no plantio de baunilha

Na última sexta-feira (27), o extensionista rural da Emater-DF Carlos Morais guiou um grupo de aproximadamente 15 pessoas pela unidade de referência. “A baunilha é um tipo de orquídea trepadeira, então ela precisa de um tutor para crescer; e, se [o pé] for alto demais, dificulta o manejo”, explicou Morais. “Assim como as orquídeas, a baunilha não pode ter excesso de água, porque as raízes apodrecem”.

Questões como o plantio, o manejo da planta, a polinização das flores e a colheita das favas foram apresentadas ao grupo de produtores. “Assim que você colhe a fava da baunilha, ela não tem nenhum aroma, então é preciso passar por um processo de cura – que não é uma simples secagem, porque tem que manter uma certa flexibilidade e umidade para conseguir uma leve fermentação. Só depois dessa cura é que a fava atinge o máximo aroma e sabor”, ensinou Anajúlia Heringer.

Não é uma iguaria fácil de obter, mas, com o manejo e processamento corretos, o produtor consegue um fruto raro, saboroso e de demanda da alta gastronomia, o que, consequentemente, aumenta a renda do produtor”Carlos Morais, extensionista rural da Emater-DF

Por conta da diferença de sabores e aromas das espécies de baunilha, Anajúlia a compara com a produção de vinhos. “A baunilha do Cerrado tem sabor diferente da baunilha de Madagascar, como vinhos de uvas diferentes. As duas são uma delícia, mas são sabores diferentes”, explica.

Para Carlos Morais, são essas questões específicas que fazem da baunilha uma especiaria tão cara. “Não é uma iguaria fácil de obter, mas, com o manejo e processamento corretos, o produtor consegue um fruto raro, saboroso e de demanda da alta gastronomia, o que, consequentemente, aumenta a renda do produtor”, afirmou.

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A produtora rural Antônia Quaresma, de Valparaíso (GO), saiu da visita decidida a iniciar um plantio, ainda que apenas para consumo próprio.

Mesma iniciativa teve Maria Rubeneide de Lima, do Incra 9, que pretende começar um plantio para consumo próprio para ver se vale a pena aumentar. Ela se disse encantada com a oportunidade de acompanhar o manejo na prática e as possibilidades da baunilha natural. “Ver a demonstração da baunilha no fruto curado e ver no pé, ver a flor e a polinização, foi ótimo”, ressaltou.

*Com informações da Emater-DF

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